Tomei a consciência de tirar alguns dias de folga nesse início de ano. Acredito, de forma emocional e racional, que esse ano será um ano de conquistas frente aos desafios e por isso optei por descansar para começar com força total.
Confesso que não consegui durante minhas férias ficar alienado dos acontecimentos transmitidos pelo noticiários da TV e internet e isso talvez tenha sido algo que não me permita descansar.
As manchetes de mortes por latrocínios, balas perdidas e etc me assustam e mostram o valor que se tem dado a vida, ou seja, nenhum. Pela tentativa do roubo de uma bolsa ou de um carro tira-se a vida de uma mulher gravida prestes a dar a luz a uma criança, que milagrosamente sobreviveu, para tentar roubar um carro, atira-se a esmo no vidro do veiculo matando o motorista como quem mata um mosquito, em seguida roubando outro veículo para fuga.
Como evitar essa violência barata e irracional que beira a barbárie ?
Consigo somente trabalhar em dois caminhos, o primeiro envolve a presença ostensiva do Poder Publico na sua obrigação de zelar pela seguranca e ordem publica. Não se pode negociar com o irracional ou com quem as palavras "regras" e "normas" nada significam. Falei presença ostensiva do Poder Público e não somente da polícia - que diga-se, também virou alvo da bandidagem.
Presença do estado significa participação e comprometimento com questões do desenvolvimento das pessoas na educação, saúde e seguranca, e menos presença como agente econômico ativo, o que pode e deve ser feita pela iniciativa privada, a seu próprio risco. O governo brasileiro, com sua filosofia de esquerda paternalista, desejosa de controlar tudo, faz mal o que deveria fazer com excelência, enquanto isso a população fica a mercê de um poder paralelo comandado pela bandidagem que age, em muitos casos sustentada pelo desvio da coisa publica.
A participacao do estado precisa ser revista e isso esta totalmente relacionada a seguranca se seu povo.
Por fim, a segundo caminho esta ligado a fé de que é possível melhorar e com essa crença produzir uma mudanca no modo de escolha de seus líderes e na participacao social e cívica. Conselhos cumunitários de participação social direta, associações e entidades afins, não podem ser vistos como o clube da elite local, um lugar para se beber e comer, mas sim como forma da sociedade civil organizada em se fazer representar frente a todas as esferas do poder publico, na administração da escola, na seguranca comunitária e na gestão da coisa pública.
Tenho plena consciência que nao escrevi aqui uma receita de bolo de fácil aplicação, mas acredito piamente que é por esse caminho que construiremos uma sociedade mais justa e menos violenta a seus cidadãos.
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