Itaquera vai passar por uma transformação, mesmo que o tão sonhado Itaquerão - estádio do Corinthians que poderá sediar o jogo de estreia da Copa de 2014 - não seja erguido. Maior bairro da zona leste, está no foco do mercado imobiliário, que luta contra a falta de espaço na cidade. “Já existem ações da Prefeitura que irão melhorar o acesso, como a Avenida Jacu Pêssego, em fase final”, conta o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, que, como construtor, já investiu muito no bairro.
Local escolhido na década de 1980 para a instalação de grandes conjuntos habitacionais, especialmente da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), Itaquera é hoje uma cidade dormitório de perfil popular. Além disso, sofre com problemas de acesso. A Radial Leste, principal via que liga a região ao Centro, e a Linha 3-Vermelha do Metrô já não suprem as necessidades dos mais de 500 mil habitantes do bairro, segundo números estimados da Subprefeitura.
De acordo com Crestana, hoje existem 20 moradores para cada emprego em Itaquera. “No Centro, são 40 empregos para cada morador. Isso não é racional. Cabe ao poder público intervir”, diz. Ele cita a construção de um centro educacional, já licitado, como exemplo. “Estão previstas unidades da Etec (Escola Técnica Estadual), Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) e ainda uma escola de polícia e algo voltado para saúde”, conta.
Para Crestana, o Itaquerão poderá acelerar a reurbanização do bairro e, consequentemente, a sua valorização. Já para o presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi, é possível transformar os conjuntos populares em locais agradáveis e belos: “E sem expulsar os moradores. Basta planejar a longo prazo”, avalia.
Morumbi - Porém, para o diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia, a valorização provocada pelo estádio não atingirá os imóveis residenciais. “Estádio de futebol não é bom vizinho. Basta ver o que acontece no entorno do Estádio do Morumbi”, compara. Para Pompéia, a valorização será determinada pela melhora na infraestrutura urbana local.
Segundo dados da Embraesp, o bairro recebeu 48 empreendimentos nos últimos cinco anos, que construíram 2.515 unidades, 1.956 delas com dois quartos, a um valor médio de R$ 97,5 mil. Em 2010, foram lançados oito empreendimentos, todos horizontais. “Uma imposição do Plano Diretor, o que considero um equívoco. A legislação limitou a altura dos edifícios em boa parte do bairro”, reclama Crestana.
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Para Crestana, o Itaquerão poderá acelerar a reurbanização do bairro e, consequentemente, a sua valorização. Já para o presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi, é possível transformar os conjuntos populares em locais agradáveis e belos: “E sem expulsar os moradores. Basta planejar a longo prazo”, avalia.
Morumbi - Porém, para o diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia, a valorização provocada pelo estádio não atingirá os imóveis residenciais. “Estádio de futebol não é bom vizinho. Basta ver o que acontece no entorno do Estádio do Morumbi”, compara. Para Pompéia, a valorização será determinada pela melhora na infraestrutura urbana local.
Segundo dados da Embraesp, o bairro recebeu 48 empreendimentos nos últimos cinco anos, que construíram 2.515 unidades, 1.956 delas com dois quartos, a um valor médio de R$ 97,5 mil. Em 2010, foram lançados oito empreendimentos, todos horizontais. “Uma imposição do Plano Diretor, o que considero um equívoco. A legislação limitou a altura dos edifícios em boa parte do bairro”, reclama Crestana.
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